domingo, 31 de dezembro de 2006

Os boleiros. a "concentração" e a tecnologia


Imagine só, caro leitor, o que seriam de nossos boleiros sem a tecnologia... Como seriam bem mais chatas as “concentrações” sem a Internet e o videogame. Antigamente devia ser duro. Horas de baralho... Jogos e mais jogos. Será que eles jogavam futebol de botão? Uma hora, com certeza, devia cansar. E a saudade da família? Dureza esta vida de viagens...

Tudo mudou. A Internet é uma maravilha. Você pode conversar horas e horas com sua mulher, seu filho, seus pais, seus amigos. Cartas, caríssimos telefonemas, longo tempo sem ver a família... Isto é coisa do passado. Agora temos Internet, e-mail, MSN, webcam... Seus problemas acabaram.

Hoje em dia, só sente saudade quem quer. A tecnologia esta aí para encurtar qualquer distância. Os jogadores de futebol sabem bem disso. Mas, para eles, a melhor parte da tecnologia é, indiscutivelmente, poder disputar jogos altamente fiéis à realidade no videogame. Assim como toda a molecada que curte bater uma bolinha e também adora sentar na frente da TV e disputar partidas virtuais eletrizantes, nossos craques também passam horas e horas disputando campeonatos de Winnin’ Eleven.

Para quem é boleiro amador, o videogame é a glória. Um perna-de-pau pode ser o campeão do bairro nos disputadíssimos campeonatos que mexem com o ânimo da rapaziada. Tem gente que quando perde fica bronqueado como se o time do coração tivesse perdido uma final de campeonato para o arqui-rival. Mas, e pra quem já é bom na vida real, que graça tem meter gol no videogame? Muita. Até mesmo porque, assim como no futebol amador, no futebol profissional, quase sempre é o grosso que é o campeão das disputas que dão o ânimo para agüentar as longas “concentrações”. Então, é sempre bom ser campeão. O Ronaldinho Gaúcho deve adorar.

Mas o Winnin’ Eleven, jogo do PlayStation 2, da Sony, é mais do que diversão. O jogo dá uma noção de tática tremenda e, se o técnico e os jogadores tiverem olho para isso, esta simples diversão pode ajudar muito dentro de campo. Eu, por exemplo, sempre jogo com três atacantes e sei que no contra-ataque sempre vão ter dois pontas voando. O Barcelona também joga com três atacantes. Provavelmente, no videogame, os jogadores do Barça devem usar a mesma formação que eu. Quem sabe, eu não venceria uma disputa com eles?

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