terça-feira, 21 de novembro de 2006

Os três derrotados

Toda vez que um grande de São Paulo é campeão, os outros três saem derrotados do certame. Como o São Paulo papou esta, vamos analisar os outros:
Santos
Luxemburgo merece todas as glórias. Fez do Santos campeão paulista e ainda o levou (salvo uma tragédia) para a Libertadores-2007. E olha que o Peixe é um time com várias limitações e que sofreu com contusões na temporada (seis jogadores machcaram o joelho gravemente).
Perdeu o campeonato mas conseguiu alcançar seus objetivos na temporada. Em 2007 estará mais forte e ainda ter´´a no banco o melhor técnico do país. Quem sabe não desbanca o São Paulo?
Corinthians
A temporada foi um fracasso retumbante. Para quem esperava ser campeão da Libertadores... Foi muito mal. Sexto lugar no Paulistão, eliminação nas oitavas-de-final da Libertadores (com direito a vexame no estádio) e flerte com a zona de rebaixamento durante quase todo o Campeonato Brasileiro. Temporada para apagar da memória.
Como se não bastasse tudo isso, os craques foram embora. A MSI também vai embora, deixando possíveis dívidas e jogadores de qualidade questionável para um 2007 que parece que vai ser muito difícil para o Timão.
Palmeiras
Situação mais delicada dos grandes de São Paulo. Há sete anos sem títulos expressivos, o Palmeiras não sabe mais como sair desta situação. Este anos começou bem, com alguns belos jogadores (Edmindo, Juninho...) e um bom técnico (Leão). Mas a diretoria... Não deixa ninguém trabalhar direito. Principalmente o sr. Palaia, que manda técnicos embora justamente quando eles masi precisam ficar. Na hora que o time estava se acertando... Não dá. Desta maneira, não dá.
E os verdes ainda não sabem se ano que vem vão querer sair da fila, com um título de expressão ou se vão querer lutar pelo bi da Série B.

São Paulo é tetra

Fato consumado. O São Paulo é tetracampeão brasileiro de futebol. Pela primeira vez, no Morumbi, diante de sua torcida. Pela primeira vez, numa disputa por pontos corridos. E assim , em apenas dois anos, o Tricolor é campeão em nível estadual, brasileiro, sul-americano e mundial. É de tirar o chapéu.

Se comparado com osdos outros campeões por pontos corridos (Cruzeiro, Santos e Corinthians), os númeos do novo campeão são modestos. O aproveitamento de pontos, o número de gols marcados, o número de finalizações, o aproveitamento de passe. Tudo é pior. Mas o campeonato também é pior. Cada ano é pior e ano que vem será pior ainda. Basta ver que de 2003 para cá, nomes como Alex, Robinho, Diego, Elano, Tevez, Nilmar, Rafael Sóbis, Tinga, Ricardo Oliveira, só pra citar os melhores, foram embora.

Mesmo com esta debandada grandes jogadores, o São Paulo se manteve forte. Assim foi campeão brasileiro. Jogadores de ponta como Rogério, Mineiro, Danilo e Ilsinho (ê diretoria do Palmeiras, hein...) seguram muito bem a onda. E decidiram a favor do Tricolor.

O São Pulo ganha títulos porque tem uma diretoria sólida e competente. Lá presidentes se alternam no poder... Discutem o melhor para o time e não para seus próprios bolsos. Um exemplo que deve ser seguido. Ou então é melhor começar a se acostumar com a idéia de que mais títulos irão para os lados do Morumbi. Como já acontece hoje.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

O renascimento colorado

Apostando na base, os resultados começaram a aparecer. A hegemonia no Rio Grande do Sul foi reconquistada com um tetracampeonato. Belos jogadores como Nilmar, Daniel Carvalho e Rafael Sóbis surgiram da base. Outros, fundamentais, chegaram de outro clubes, como Fernandão, do Goiás. O Grêmio perdeu o espaço. Acabou na Série B... Seguindo o exemplo profissional do rival, se reformulou e voltou forte para elite, brigando por uma vaga na Libertadores.

Faltava se firmar fora do RS para o Inter atingir os patamares que seu rival alcançara na década anterior. Brasileiro, Libertadores...

No Brasileirão de 2005 ficou na vice-liderança (graças ao Zveitaço). Neste ano, ganhou a Libertadores da América, para desespero dos gremistas, que chamavam os Colorados de “Nacional” ao invés de Internacional, já que estes nunca haviam sido campeões fora do Brasil.

Neste Brasileirão, o Inter faz novamente uma bela campanha, vindo de seis vitórias seguidas sem tomar gols. Desbancou o Grêmio da vice-liderança, o que fez com que a rivalidade ficasse mais acentuada. A liderança ainda é um sonho, mas eles lutam bravamente.

E assim um time se ergue da lama. Do quase rebaixamento para o Mundial de Clubes. Um exemplo de diretoria fez com que isso fosse possível. Na verdade, a diretoria só não é fantástica porque vendeu seus craques muito rapidamente e por pouco dinheiro. Nilmar, por exemplo, é um jóia rara que foi embora por preço de banana.

Mas a torcida não liga. Até porque o desempenho do Inter no Nacional-06 é melhor depois da Libertadores, sem os craques.

E hoje, aqueles que foram zombados por não possuir títulos internacionais, gritam com gosto no estádio: “Internacional. Libertadores, Brasileiro e Mundial.” É o sonho colorado.