Gorducha no Barbante

quarta-feira, 2 de julho de 2008

50 anos de glórias


Muito já foi dito a respeito dos 50 anos do primeiro título brasileiro em Copas do Mundo, completados no último domingo, 29 de junho. Eu, então, não vou falar nada, apenas deixar um link para vocês assistirem a final na íntegra e com narração em sueco!!


(Obrigado ao Luiz Antonio Simas do blog Histórias do Brasil por esta pérola)


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dunga, treinador de seleção brasileira? Meus deus!!!!!


Dunga não é técnico de futebol. É ex-jogador. E só. Técnico de seleção? Esse sujeito não tem capacidade de dirigir nem a China, nem a Arábia Saudita e muito menos o Brasil, pentacampeão do mundo, potencia número 1 do futebol mundial.

Josué, Diego, Elano, Julio Batista, Luis Fabiano, Maicon, Gilberto, Gilberto Silva... Meu deus! Como podem jogar na seleção? Nunca foram craques de bola, condição única para fazer parte do escrete canarinho. Como ele pode escalar tanto cabeça-de-bagre no meio-campo? E enquanto isso, o genial Alex fica fora. Enquanto isso, por causa de uma birra, um chilique, o Kaká fica fora. O Pato fica no banco! O cara, precisando vencer, tira o Diego e põe Daniel Alves? Não dá pra entender.

Gostaria de estar na entrevista coletiva de Dunga no Mineirão ontem, após o horrível empate sem gols contra a Argentina. Iria perguntar: “E agora, Dunga? Qual a desculpa do momento? O que os assessores de imprensa disseram pra você responder?”

A culpa maior, entretanto, não é de Dunga. Ele foi um tremendo mané de aceitar esse pepino de ser treinador do Brasil sem ter, ao menos, alguma experiência anterior como técnico de futebol. Mas por que diabos o ditador onipotente Ricardo Teixeira escolheu ele para o cargo? Meu deus!!!!

Dá medo de assistir à seleção. É um desgosto só. Ninguém mais joga no Brasil, são astros internacionais e por isso os ingressos são absurdamente caros. Quem esteve ontem no Mineirão e vaiou a seleção ao mesmo tempo que aplaudia Messi, não é o torcedor comum, que vive nas arquibancadas e sofre com o futebol. Quem esteve lá ontem são uns almofadinhas endinheirados que nem sabem o que é torcer... Uma vergonha!

Parabéns Ricardo Teixeira. Você conseguiu fazer da seleção brasileira um negócio altamente lucrativo. Pra que fazer amistosos no Brasil a preços populares. Pra ter prejuízo? O negócio é vender a organização dos amistosos para uma empresa americana qualquer que pague bons milhões de dólares para a CBF (leia-se bolso de dirigentes)

Estou com a amarelinha no peito ao escrever este texto. Nem sei mais se isso é digno...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A hora e a vez do Fluminense


Um time de futebol, quando passa por grandes provações, se engrandece. Uma vitória épica, uma classificação suada, um gol no instante final de uma partida decisiva... Foi assim que o Tricolor de Laranjeiras garantiu vaga, pela primeira vez em sua história, nas semifinais da Libertadores da América, mais tradicional torneio interclubes da América do Sul.

O adversário era o São Paulo, acostumado com a competição e por três vezes vencedor do certame. O palco era o único que poderia abrigar uma partida dessa magnitude: o Maracanã. Nas arquibancadas, quase 80 mil apaixonados.

Quando o alto-falante do estádio anunciou a escalação do argentino Conca na equipe titular do Fluminense, foi uma festa. O ídolo e artilheiro dos gols bonitos Dodô, entretanto, começaria a partida no banco de suplentes. O São Paulo entrava com a força máxima também, embora o reserva Aloísio fosse muito melhor do que o franzino Dagoberto. Não importava, o outro atacante são-paulino era o infernal Adriano, o Imperador, voltando a atuar no Maracanã. E ele prometia gols.

O jogo começou como se esperava que começasse: pressão do Flu. A bola não tardou a entrar: gol de Washington. Explode o Maraca. Segue uma pressão do Fluminense. O São Paulo resistiria até quando?

Começa o segundo-tempo e o São Paulo se acerta em campo, buscando o gol de empate, que lhe valeria a classificação. Para isso, Muricy põe em campo o ótimo Aloysio. Ele entra incendiando o jogo. O Flu também precisaria mexer. E Renato pôs Dodô.

Segue-se um jogo calculado. Se o Fluminense tomasse um gol teria que fazer mais dois para se classificar. E foi justamente isso que aconteceu. Aloysio cruzou na área o Imperador guardou a bola na rede. Uma ducha de água fria para o Flu.

Porém o futebol tem seus encantos que nos surpreendem a cada jogo. Na saída de bola, Dodô, que mal pegara na bola até então, chuta no canto esquerdo de Rogério, que aceita o gol. Faltava mais um pra equipe carioca...

Os últimos 20 minutos foram empolgantes. O Fluminense pressionava e o São Paulo encaixava bons contra-ataques. Os dois goleiros, neste ínterim, praticaram ótimas defesas, elevando a tensão do jogo.

Joílson, lateral direito são-paulino que entrou para conter as boas investidas de Júnior César (e que vinha conseguindo dar conta do recado), então, leva dois cartões amarelos em apenas 3 minutos (36 e 39 minutos do segundo tempo). Com um a mais, o Tricolor das Laranjeiras passa a amassacrar Rogério Ceni. Tiago Neves, que não vinha fazendo uma grande partida, mesmo exausto, conseguia levantar todas as bolas de escanteio dentro da pequena área da equipe paulistana. No último deles, aos 46 minutos do segundo tempo, veio o gol salvador, heróico, da classificação. A torcida foi ao delírio.

Para o São Paulo, foi mais do que um balde d’água fria, foi um terrível golpe, com certeza dos mais sentidos pelos torcedores da equipe do Morumbi em toda história do clube paulista. Mas ainda havia um minuto a ser jogado. E não é que Richarlyson quase fez um gol de puxeta no último instante da partida? Mas a vitória heróica e classificação para as semifinais da Libertadores ficou mesmo com a esquadra carioca. O Flu agora irá enfrentar o temeroso Boca Juniors, seis vezes campeão do torneio. Se o time das Laranjeiras quiser, enfim fazer história na América, a hora é agora.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Salto-alto quebra. E a queda machuca



Oitavas de final da Taça Libertadores da América 2008. Na primeira partida, o Flamengo venceu por 4 a 2 e conseguiu um excelente resultado. O América precisava de um improvável 3 a 0 em pleno estádio do Maracanã. Nas arquibancadas, um pai levava seu filho para comemorar o título estadual, a saída do Joel do comando do time e, favas contadas, a classificação para as quartas de final ...
— Pai, se o Mengão já está classificado, por que vai ter este jogo?
— Ah, meu filho, é só pra cumprir tabela. Ninguém vem aqui na nossa casa e nos derrota. Pode ficar sossegado, filhão!
— Que bom né, pai?
— Você tem que agradecer todos os dias por ter nascido rubro-negro. E olha que sua mãe queria que você fosse botafoguense.
— Aí, não! Botafogo é freguês.
— Freguês é pouco.
— Pai, por que o nosso técnico está ganhando estas placas?
— Porque ele tirou o Flamengo da zona do rebaixamento, colocou na Libertadores e foi campeão carioca.
— E por que ele vai embora?
— Porque ele vai ser técnico da África do Sul, disputar uma Copa do Mundo.
— Mas por que ele não dirige o Flamengo até o final da Libertadores? Aí quando acabasse a competição para o Flamengo ele ia embora...
— É o que a torcida quer, meu filho.
— Pai, este time do Flamengo é o máximo. Eu tiro a mó onda com a molecada botafoguense lá do colégio. É só chororô. Com vascaíno eu não converso, porque são sempre vice. E o Flu só agora fez um time bom, mas que não ganhou nada ainda.
— Dá-lhe Mengo!
(Gol do América)
— Putz. Gol deles. E agora, pai.
— Fica tranqüilo que ainda estamos nos classificando.
— Beleza. O negócio é seguir torcendo. “Eu nunca te esquecerei....”
— “... Onde estiver, estarei...”
(Flamengo perde um caminhão de gols)
— Caramba, se for somar o tanto de gols que o Mengão perdeu no México e o tanto de gols que tá perdendo aqui... Fica perdendo gol a toa aí.
— Não pode.
(Segundo gol do América)
— Puta que pariu.
— Ai meu deus. Tamo fora, pai?
— Ainda não. Que vergonha tomar dois gols aqui no Maracanã e não fazer nenhum.
— Mas ainda estamos dentro, né
— É
— Esquisito se classificar perdendo né, pai.
— Esquisito e perigoso.
— O que, pai?
— Nada, filho. Nada.
(Flamengo perde mais alguns gols e toma o tiro de misericórdia: 3 a 0 para o América. Silêncio nas arquibancadas. Cinqüenta e oito anos depois do Maracanazzo, repetia-se uma tragédia para a massa presente no gigantesco e majestoso estádio da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro)
— E agora?
— ....
(O menino, naquele momento percebe que seu time do coração estava fora. Claro! Uma goleada sofrida em casa e aquele silêncio... Mais alguns minutos de angústia e o juiz apitava. Vexame histórico, mas o menino ficou intrigado com uma coisa...)
— Pai, apesar de tudo, aconteceu uma coisa que você disse que a torcida do Flamengo queria que acontecesse.
(O pai nem conseguia responder, tamanha desolação)
— ....
— Ué, ele deixou de ser treinador só depois de acabar a Libertadores para o Flamengo...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Um clássico com gol de mão de um artilheiro malandro e declarações infelizes de um juiz patético


Na tarde de ontem, foi disputado o primeiro jogo das semifinais entre Palmeiras e São Paulo. Diferentemente dos últimos anos, o favoritismo estava do lado verde, que agora conta com um bom técnico (Luxa) e um bom elenco. Além disso, o Verdão já havia sacolado o Tricolor por 4 a 1 na primeira fase...

Mas em se tratando de clássicos, não há favoritos, ainda mais numa semifinal de Paulistão. E o São Paulo fazia valer seu mando de campo. Resultado: 2 a 1 para equipe do Morumbi, para deixar o clássico do próximo domingo ainda mais quente... Para os esmeraldinos, uma vitória simples basta. Os são-paulinos jogam pelo empate.

Alguns detalhes do clássico:

Adriano: goleador, boleiro, malandro. No primeiro gol de sua equipe, se esticou todo, viu que não ia alcançar a bola e... deu uma manchete nela (aquela jogada de volei). A bola entrou, todos viram, inclusive o juiz (falarei dele a seguir). Gol que não deveria valer mas valeu. Entrou para o time de Maradona, Túlio e outros malandros. Foi malandro e o juiz mané.

No segundo gol, aproveitou o passe de Jorge Vagner (que, por sua vez, aproveitou a bobeada do zagueiro Gustavo), fez valer sua força física na trombada com Pierre, e fuzilou o goleiro Marcos. Nota 10 pra ele.

Arbitragem: Desastrosa. Péssima. Horrível. O juiz e a bandeirinha erraram em um lance capital: o gol de mão. E ainda se confundiram várias vezes ao longo da partida. Para piorar, Paulo César de Oliveira teve a pachorra de dizer que Adriano não teve intenção de meter a mão na bola. Ridículo. Lmentável. Por mim, ele poderia encerrar a carreira depois do clássico de ontem...

São Paulo: o começo da redenção tricolor pode ter começado ontem. Após um jogo difícil e desgastante no meio de semana pela Libertadores, e com diversos problemas internos (suspensões, lesões, brigas, etc), o time do Morumbi veio, viu e venceu. A vantagem podia ser melhor, mas a equipe segue viva e com chances na competição.

Palmeiras: teve seus habilidosos meias (Valdívia e Diego Souza) anulados pelos volantes adversários (Zé Luiz e Richarlysson) e por isso, teve sérias dificuldades. No Parque Antartica, os cães de guardas tricolores estarão suspensos. É a chance...

O jogo está aberto, o próximo clássico promete pegar fogo. Torcemos por mais 90 minutos de grande futebol.

Estamos voltando

Após vários meses, estamos voltando!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Torcida de massa


O São Paulo é o clube mais profissional do Brasil e sua torcida pode crescer bastante nos próximos anos. Porém, nunca vai chegar a ser uma torcida de massa. Isto é imutável, não tem jeito. Flamengo e Corinthians serão eternamente os clubes mais populares do Brasil e para sempre suas torcidas farão nas arquibancadas.

Ontem foi dia de espetáculo. Em Goiânia, 18 mil corintianos (pouco menos que os 24 mil são-paulinos que estiveram no Morumbi para ver o campeão) invadiram o Serra Dourada. A fiel torcida é uma das poucas (senão a única) capazes de fazer estas invasões. A mais famosa aconteceu e 1977, quando os corintianos colocaram 70 mil no Maracanã e dividiram o estádio com a torcida do Flu.

Mas quem protagonizou o maior espetáculo do ano foi o Flamengo. Os quase 90 mil (público incomum nos dias de hoje) que lotaram o Maracanã no jogo contra o Santos fizeram uma festa maravilhosa. Cantaram o jogo todo, agitaram suas bandeiras e fizeram virar pó o recorde de público do tricolor paulista.

Estas torcidas são populares. Não são torcedores de televisão que enchem o estádio quando o time vai ser campeão. Eles enchem o estádio porque vivem a paixão do clube dia-a-dia.

Parabéns torcida corintiana, parabéns torcida flamenguista. Vocês protagonizam a grande festa das arquibancadas e fazem do futebol brasileiro uma grande alegria.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Copa do mundo é nossa!!!

Sessenta e quatro anos e cinco títulos mundiais depois, o Brasil voltará a abrigar uma Copa do Mundo. Em 1950, ainda engatinhávamos no mundo da bola. Hoje somos os maiorais.

Perdemos a final diante do maior público que um estádio de futebol já presenciou. Era um estádio novinho em folha, que terá 64 anos de vida quando abrigar uma final de Copa pela segunda vez. Maracanã. Será que enfim superaremos a tragédia do Maracanazzo?

Muitos disseram que o Brasil não teria condições para abrigar uma Copa. Mas se a África do Sul, que, além de subdesenvolvida, não tem tradição no mundo da bola, pode, por que o Brasil, maior vencedor de Copas e maior celeiro de craques do mundo, não pode?

Temos em nosso país muita corrupção. Isto atinge o futebol também. Os dirigentes são desonestos e amadores. Isto pesa contra a organização da Copa. Os estádios também são precários e ainda falta muita coisa pra se organizar decentemente uma Copa. Mas agora é hora de tocar a bola pra frente. De hoje até 2014, deveremos respirar a Copa e fazermos de tudo para que tudo dê certo.

Somos o único país campeão do mundo que não triunfou em casa. Chegou a hora de consertarmos esta falha. E tomara que o Uruguai consiga abocanhar uma vaguinha...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Na lama

O Corinthians colhe as ervas daninhas que plantou. Quando a MSI entrou no clube, os corintianos fizeram questão de ignorar a origem do dinheiro. Fizeram questão de fechar os olhos para eventuais trambiques. Só queriam saber dos dólares do iraniano. Ganharam um título assim, mas, agora, sentem na pele o drama.

Hoje, quase três anos após a assinatura do acordo, todos sabem que o Corinthians foi usado para a lavagem de dinheiro de uma máfia internacional. Todos sabem que Kia, Berezovsky e companhia são bandidos de marca maior. E todos sabem que o futuro do Timão é nebuloso.

Na zona de rebaixamento no Brasileirão, o Corinthians não tem boas perspectivas para um futuro próximo. O time é muito ruim e Willian, a jovem promessa, já está de saída. Sem ele, as coisas ficarão mais difíceis ainda.

A diretoria está afastada e o clube não tem comando. Isso se reflete em campo: Paulo César Carpegiani sequer consegue dar um padrão tático para a equipe.
Corintianos, preparem-se para o pior. A Série B está cada vez mais perto de vocês.

terça-feira, 10 de julho de 2007

25 anos da tragédia de Sarriá


A tristeza percorreu as veias de todos os brasileiros
As lágrimas derramadas no dia 05 de julho de 1982 inundou casas, bares e ruas do Brasil
A frustração tomou conta de uma nação sofrida
A magia daquele time enfeitiçou uma geração de torcedores
O nome de Paolo Rossi não será mais importante do que o futebol apresentado pela seleção de Telê
A memória desse time ficará guardada eternamente nos nossos sentimentos
Os 25 anos da tragédia são frutos de uma arte rabiscada por um "vilão"
Mais 25 anos irão se passar e dela ninguém se esquecerá
Um mestre no comando de grandes mágicos da gorducha
Uma derrota mais lembrada do que várias títulos
Uma derrota que estará em nossos sonhos eternos
Nossos filhos e netos sentirão a mesma tristeza que nossos pais e avós sentiram há 25 anos