sábado, 31 de março de 2007

Copa Rio ou Mundial?



Ao reconhecer a Copa Rio como um título mundial, a FIFA abre um perigoso precedente. Agora qualquer clube que ganhou um torneio forte, com vários times do mundo na disputa, pode reclamar que é campeão mundial. O Santos de Pelé, por exemplo, disputou, e venceu, competições semelhantes a Copa Rio. Nem por isso vai a FIFA pedi reconhecimento destes títulos como mundiais.

Um torneio que não teve critérios para definir seus participantes e nem era chamado de mundial na época não pode valer como os Mundiais Interclubes e os Mundiais de Clubes da FIFA. Isso para mim é choro de palmeirense, que não são campeões mundiais (os únicos dos grandes de SP) e que não ganham um título importante desde 1999...

Agora a provocação com os corintianos será certa. Os palmeirenses vão dizer que são os primeiros campões do mundo. Os corintianos diziam ser eles.... Na verdade, os primeiros campeões do mundo brasileiros continuará, para sempre, sendo o Santos Futebol Clube. A história não muda.

O Palmeiras é um clube muito glorioso. Deveria buscar o último título que resta em sua galeria no campo. Não nos bastidores.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Parabéns!!

No último dia 23, este blog completou um ano de existência. Parabéns, Gorducha!!!!!!!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Não vi Pelé, mas vi Romário

A bola procura o craque
Que num instante,
Surge na frente do zagueiro
E só a empurra para o barbante

A torcida grita seu nome
Falta apenas mais um
Um golzinho
E ele chega lá

999 gols
O próximo será como?
De pênalti, como o rei?
No Maracanã, como o rei!

Craque que é
Sempre aparece na área sozinho
Falo para todos: não vi Pelé
Mas vi o Baixinho

terça-feira, 20 de março de 2007

Imperador da balada


Quando Adriano começou a atuar bem na Itália, logo chamou a atenção dos jornalistas e dos “tifosi”. Era um jogador, forte, habilidoso e goleador. Acabou na poderosa Inter de Milão. Lá, recebeu o apelido de “Imperador”. Fazia gols a rodo. A cada partida, os jornalistas o exaltavam mais.

Assim ele chegou à seleção brasileira. Jogando muita bola. Vivia uma grande fase em seu clube e manteve o nível na seleção: foi artilheiro da Copa América e da Copa das Confederações. Jogava na vaga de Ronaldo, mas o técnico Parreira confiava na dupla de ataque com os dois pesos pesados para a Copa (aposta furada).

Assim chegou a Copa do Mundo. E lá começou o inferno astral de Adriano. Ele não jogou bem o Mundial e deixou de figurar nas convocações seguintes, do técnico Dunga. E, se a sua situação ficou ruim na seleção, o que dizer em seu clube? Após a Copa, ele entrou numa péssima fase, ficando meses e meses sem marcar um golzinho sequer. A diretoria do time milanês até o dispensou para que ele se recuperasse física e psicologicamente...

Os dirigentes italianos não agüentavam mais ver pouco futebol e muita balada. Neste tempo em que Adriano esteve sem fazer gols e jogando mal, foi visto (e fotografado) em diversas baladas. As fotos sempre mostravam Adriano com mulheres, bebidas e cigarros...

No Brasil, não foi muito diferente. Foi visto em baladas, andado de moto sem capacete... O técnico Dunga não gostou nada e não o levou para a seleção. Ele precisava mudar suas atitudes.

Na volta à Itália, ele se preocupou apenas em jogar bola. E fez isso muito bem: com gols, ele recuperou a confiança dos seus dois técnicos, da Inter e da seleção, que o levou para o amistoso contra Portugal.

Mas o que é bom, dura pouco e as baladas o chamaram de volta. Resultado: novamente foi esquentar o banco da equipe milanesa. Dunga desistiu.

Fiquei pensando com meus botões: como pode? Será que ele não está nem aí para a carreira dele?

No domingo, novamente titular, na Inter, deu duas belas assistências para gols de Ibrahimovic. Mas ele não se agüenta: no mesmo dia foi pra balada e arrumou confusão com um jogador de basquete...

Aí fica difícil, né, Imperador?

segunda-feira, 19 de março de 2007

Boleiro doleiro


Não é mais pela bola que corre o boleiro
Corre pelo dólar, o ex-peladeiro
Futebol é negócio, ele virou doleiro

Ele beija o símbolo do time
Mas não se anime, é para os fotógrafos
Honrar a camisa?
Só se for pelo patrocinador ali estampado
Que garante que ele tenha um carro importado

Fidelidade?
Só ao empresário
Amor?
Só pelo salário
Não importa o torcedor
Este sim, verdadeiro otário

terça-feira, 13 de março de 2007

O Ídolo Mágico


Todos sabem que o Palmeiras não levanta uma taça há muito tempo! Tirando a conquista da Série B do Brasileirão 2003, a equipe Alviverde está na fila há sete anos. O último título foi a Copa dos Campeões de 2000, um torneio de pouca expressão que não existe mais.

Desde a chegada do Século XXI, o Verdão não se deu muito bem. E com campanhas irregulares, muitos torcedores perderam a cabeça. Muros do Parque Antártica amanheceram pichados, algumas brigas entre as próprias torcidas organizadas, enterros simbólicos e, principalmente, carência de ídolos.

Marcos e Edmundo já fizeram muito pelo Palmeiras num passado recente, porém, hoje em dia, nem mesmo os dois tiveram a proeza de reerguer o Palestra das cinzas. ,

A missão está nas magias de Vadívia. O Chileno de apenas 22 anos é o novo xodó dos palmeirenses. Há muito tempo que o time não tinha o prazer de ver um jogador como ele vestindo a camisa alviverde. O último ídolo, foi o matador Vagner Love, que quase trocou o Palmeiras pelo Corínthians - vamos falar a verdade, depois de uma coisa dessa ele não deve ser considerado um ídolo.

O "El Mago", como é conhecido em seu país, encheu os olhos de todos os torcedores com seus dribles imprevisíveis e seu jeito alegre de jogar futebol. O teste de fogo que o camisa 10 passou para ser "o cara", foi a goleada aplicada diante do maior rival, 3 a 0. Valdívia mostrou toda a sua habilidade e deixou alguns defensores corintianos com as pernas tortas.

Definitivamente, o Palmeiras encontrou o ídolo que todos os torcedores esperavam. Uma carência já foi suprida, agora só falta um novo título!

quinta-feira, 1 de março de 2007

A Segundona também empolga


À vezes, um jogo da segunda divisão do campeonato paulista pode ser muito mais emocionante do que um jogo válido pela Libertadores da América. Nesta quarta-feira, eu fui ao Estádio Nicolau Alayon, na Rua Comendador Souza, na Barra Funda, para ver o jogo Nacional vs. Taubaté. Ambos os times já estiveram na elite do futebol paulista e agora penam para não cair para a terceira divisão. Fui acompanhar um amigo meu que nutre uma simpatia pelo Burro da Central, como é conhecida a equipe de Taubaté. Um terceiro amigo também nos acompanhou.

Pela pífia campanha das duas equipes na competição, era de se esperar um jogo do mesmo nível: pífio. Realmente, o jogo foi de baixo nível técnico. Mas que foi muito emocionante, isso foi.

Logo na chegada do acanhado estádio (umas cem pessoas acompanharam o jogo), já me animei. Gosto de conhecer novos estádios, ainda mais quando são aconchegantes e pequeninos. Encostamos-nos ao alambrado. “Burro, burro”, começamos a gritar. Não, não estávamos xingando o técnico do time. É que o apelido do Taubaté é Burro da Central. O comentarista de campo, neste momento, anunciou em sua transmissão: “e chega a torcida do Taubaté em grande número...”

Uma farra. Encostado no alambrado, acompanhei o jogo. Escutei as orientações táticas do capitão, o barulho das pancadas, o barulho da bola batendo na trave. Coisas que não se pode ver em um jogo normal, com barulho de torcida e arquibancada longe do gramado.

O jogo foi 4 a 1 para o Taubaté, com grande atuação do camisa 9, Éber. Ele marcou 3 gols e ainda teve outro anulado. O goleiro do Burro ainda pegou um pênalti. Um jogão.

O mais legal foi participar de fato, do jogo. Eu torcia e os jogadores corriam mais. Uma hora, eu gritei “Vai pra cima dele que ele é lento”, e lá foi o atacante driblar o lento defensor. Na hora da saída para os vestiários, os jogadores do Taubaté agradeceram a imensa torcida que foi ao estádio: nós três.

Gostei muito mais de ver este jogo do que ver o jogo do Grêmio, na véspera. Um era quase várzea. O outro, um jogo internacional. Um teve cinco gols e muita emoção. O outro não teve gols e tampouco teve emoção.