sexta-feira, 7 de abril de 2006

Madureira mora no meu coração


“Eu beijei Madureira, Madureira mora no meu coração”.

No dia em que o grande bamba Jair do Cavaquinho se foi, escrevo estas linhas sobre Madureira. O bairro e o time. O bairro é a capital do samba, reduto da Portela e do Império Serrano. O time conseguiu a proeza de chegar as finais do Carioca. Perdeu o primeiro jogo mas já é vencedor.

Madureira é reduto de bamba. No samba e na bola. Poucos sabem, mas outro Jair, o da Rosa Pinto, começou lá. Fazia uma linha de frente infernal com Isaís e Leléu. Os três acabaram comprados pelo Vasco.

Enquanto, em Conselheiro Galvão este trio brilhava, o pagode comia solto. Paulo da Portela esquentava os tamborins no asfalto e Mestre Fuleiro comandava o batuque no morro.

E lá se foram os anos. E em 2006, no auge da decadência dos times grandes cariocas, eis que ressurge o Madureira. O flamenguista Wilson Batista certamente comporia sambas bem tristes para seu Rubro - Negro. Mauro Duarte também não se animaria com o Fogão. Mas Madureira está em festa. E lá de cima, Jair do Cavaquinho torce e vibra com o Tricolor Suburbano. Da-lhe Madureira.

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